Hipertricose: Como Lidar com a “Síndrome do Lobisomem”

O que é Hipertricose?

A hipertricose é caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos em áreas do corpo onde normalmente não há desenvolvimento acentuado, ou pela presença anormal de grande quantidade de pelos em regiões já habituais. Popularmente, a condição pode ser chamada de “síndrome do lobisomem”, justamente pelo surgimento exagerado de pelos, mas é importante lembrar que a hipertricose é uma condição rara e não contagiosa.

Saiba mais sobre alterações de pelos na Seção de Tricologia.

Hipertricose x Hirsutismo

Muitas pessoas confundem hipertricose com hirsutismo. Embora ambas envolvam aumento de pelos, o hirsutismo se refere ao crescimento de pelos em mulheres em padrões masculinos, como no rosto, peito e costas, geralmente ligado a desequilíbrios hormonais (ex.: síndrome do ovário policístico). Já a hipertricose não depende de hormônios sexuais, podendo ocorrer em qualquer pessoa, independente de gênero.

Principais Tipos de Hipertricose

  1. Congênita
    • De origem genética, presente ao nascimento ou manifestando-se na infância.
    • Geralmente mais rara, pode estar ligada a mutações específicas.
  2. Adquirida
    • Desenvolve-se ao longo da vida, associada a fatores como medicamentos, inflamações cutâneas ou doenças metabólicas.
    • Surge em áreas que antes não apresentavam pelos abundantes.

Causas e Fatores Relacionados

  • Genética: A forma congênita pode ser causada por mutações em genes que controlam o crescimento capilar.
  • Uso de Medicamentos: Alguns remédios, como corticoides ou determinados imunossupressores, podem desencadear hipertricose.
  • Doenças Subjacentes: Alterações metabólicas, renais ou hepáticas podem contribuir para o aparecimento de pelos em excesso.
  • Inflamações e Cicatrizes: Após traumas, infecções ou cirurgias, a pele pode reagir produzindo mais pelos.

Consulte nossa Seção de Dermatologia Geral para entender outros fatores que afetam a pele e seus anexos.

Sintomas e Impacto na Qualidade de Vida

Além do excesso de pelos visível, a hipertricose pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional, pois muitas pessoas sentem-se constrangidas com a aparência. Em alguns casos, há relatos de coceira ou irritação cutânea, mas, na maioria das vezes, o sintoma principal é puramente estético.

Tratamentos Disponíveis

Não existe um tratamento único que elimine a hipertricose de forma definitiva, especialmente nos casos genéticos. Entretanto, há métodos eficazes para controlar ou reduzir o crescimento dos pelos:

1. Depilação a Laser ou Luz Pulsada

  • Como funciona: Destrói os folículos com feixe de luz, diminuindo gradualmente a quantidade de pelos.
  • Benefício: Pode ser duradouro, mas requer manutenção periódica.

2. Depilação Tradicional

  • Como funciona: Uso de cera, lâminas ou cremes depilatórios para remoção superficial.
  • Benefício: Solução rápida, embora seja temporária e exija repetição constante.

3. Medicamentos ou Cremes Inibidores

  • Como funciona: Substâncias tópicas que atrasam o crescimento dos pelos.
  • Benefício: Alívio temporário dos sintomas, normalmente usados em casos específicos.

4. Tratamento de Causas Subjacentes

  • Como funciona: Se a hipertricose for adquirida, corrigir ou controlar a doença de base (ou trocar a medicação associada).
  • Benefício: Redução gradual dos pelos à medida que a causa é tratada.

Veja mais opções na Seção de Tratamentos Estéticos e Avançados.

Cuidados e Recomendações

  • Avaliação Dermatológica: Somente um(a) dermatologista pode diferenciar hipertricose de outras condições e indicar a melhor terapia.
  • Acompanhamento Regular: Caso seja necessário tratamento contínuo, mantenha consultas periódicas para ajustar as técnicas de remoção.
  • Proteção Solar: Áreas frequentemente depiladas devem receber cuidado especial para evitar irritações e manchas.
  • Saúde Emocional: Psicoterapia ou grupos de apoio podem ajudar pacientes que enfrentam constrangimento ou baixa autoestima.

Prognóstico

Dependendo da causa (congênita ou adquirida) e do tratamento escolhido, a hipertricose pode ser parcialmente controlada ou amenizada. No caso de origem genética, as técnicas de remoção dos pelos costumam ser a melhor opção para manter a condição sob controle. Já nos casos adquiridos, tratar a doença subjacente ou alterar a medicação responsável pode levar à redução significativa dos pelos com o tempo.

Conclusão

A hipertricose pode causar impactos estéticos e emocionais, mas é possível controlar o excesso de pelos e melhorar a qualidade de vida. Se você suspeita dessa condição ou tem dúvidas sobre o crescimento incomum de pelos, um(a) dermatologista é o profissional ideal para avaliar seu caso e orientar sobre as melhores opções de tratamento.

Eu, Dra. Natani Marreiros, ofereço atendimento personalizado para ajudar você a lidar com a hipertricose de forma segura. Agende agora mesmo e descubra como podemos cuidar da sua pele e autoestima!

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